Energia eólica: Pipas gigantes
A empresa alemã Nature Technology Systems (NTS) desenvolve sistemas de energia eólica anticonvencionais. Em vez de torres e turbinas, eles utilizam pipas gigantes voando a uma altitude de 500 metros. Comparadas aos geradores convencionais de energia eólica, a altura e as velocidades maiores do vento geram maior produção de energia, diz a empresa.
As pipas voam automaticamente em círculos e são presas a um veículo sobre trilhos que, por sua vez, aciona um gerador elétrico à medida que é puxado. A tecnologia da NTS ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento e ainda existe incerteza sobre como exatamente a energia eólica será transformada para produzir energia. (Foto: Nature Technology Systems)
Bioenergia: Reatores de lixo orgânico
Detritos orgânicos como matéria vegetal morta, esterco ou restos de cozinha podem ser transformados em um combustível gasoso: o biogás. Ele é produzido pela fermentação desses materiais degradáveis e pode ser utilizado para cozinhar, por exemplo, ou em um motor a gás, convertendo energia em eletricidade ou calor.
Sarah Ervinda Rudianto, uma estudante da Indonésia, desenvolveu um pequeno biorreator individual que converte lixo orgânico em biogás com ajuda da fermentação. Para iniciar o processo, o lixo é misturado com esterco bovino e água. Após duas semanas, começa a se formar o gás, que é usado para alimentar fornos de cozinha. Cozinhar usando biogás diminui a necessidade de derrubar árvores para obter lenha e, desse modo, reduz-se o desmatamento e o risco de deslizamentos de terra. (Foto: Sarah Ervinda Rudianto)
Carvão: alternativa orgânica
O carvão ainda é a fonte número 1 de eletricidade do mundo – e também é a fonte número 1 de gases de efeito estufa. Uma alternativa é o carvão 'orgânico': pelotas feitas de restos de plantas, como grama, folhas e resíduos orgânicos. Esses ingredientes são compactados e desidratados a uma temperatura de 200 graus centígrados e sob pressão extrema. Um processo que levaria milhões de anos na natureza é realizado em um par de horas.
Em termos de carbono, o carvão orgânico é neutro, pois emite e libera tanto CO2 na atmosfera quanto a sua versão convencional. A desvantagem, porém, é que a produção de carvão orgânico faz intenso uso de energia: cerca de 20% do resultado final de energia é usado para a produção. (Foto: SunCoal Industries)
Energia solar: Garrafas plásticas iluminam favelas
O empreendedor social Illac Diaz utiliza pouco mais que garrafas plásticas descartadas, água e alvejante para iluminar as favelas das Filipinas. Aqui, os barracos são construídos tão juntos uns dos outros que as pessoas nas casas não recebem nenhuma luz, mesmo durante o dia. A solução inteligente: basta fazer um furo no teto da moradia, inserir uma garrafa plástica cheia de água e alvejante para evitar difusão, e a refração da luz solar transformará a garrafa em uma lâmpada natural.
Energia solar II: Aquecimento por folhas
Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) criaram um dispositivo artificial semelhante a uma folha que imita o processo de fotossíntese. A ideia de uma célula capaz de reproduzir a fotossíntese já tem dez anos, mas requer metais raros e dispendiosos que a tornavam pouco atraente para consumidores individuais. Porém, o seu modelo mais recente usa níquel e cobalto, alternativas acessíveis e que conseguem decompor o hidrogênio e o oxigênio dez vezes mais rápido que a natureza.
As folhas são do tamanho de cartas de baralho e podem gerar eletricidade para uso pessoal e doméstico. O protótipo pode produzir energia por 45 horas. A folha deverá ajudar moradias individuais a se tornarem autossuficientes e serem capazes de gerar sua própria energia. (Foto: Dominick Reuter / MIT)
Energia mecânica: Cargas virais
Que tal recarregar o seu telefone celular com a ajuda de vírus? Cientistas do Berkeley Lab fizeram esses pequenos vilões inoportunos coletarem energia mecânica e a transformarem em carga elétrica. Eles desenvolveram um gerador que coleta energia quando o usuário toca o dedo em um pequeno eletrodo. O eletrodo é revestido com vírus inócuos, especialmente desenvolvidos, que são capazes de converter a força do toque em eletricidade. A pressão no gerador pode gerar ¼ da voltagem de uma pilha AAA. "É preciso pesquisar mais, mas o nosso trabalho é um primeiro passo promissor rumo aos geradores de energia pessoais," assegura Seung-Wuk, membro do projeto Berkeley Lab, em uma publicação on-line do jornal de nanotecnologia da revista Nature. (Foto: Lawrence Berkeley National Laboratory)
Biocombustível: O poder das algas
O agrônomo Marcelo De Coud mostra um tipo de alga usada para fazer biodiesel em uma fábrica de biocombustível no nordeste de Buenos Aires, Argentina. Os biocombustíveis convencionais talvez possam ser alternativas mais ecológicas aos combustíveis fósseis, mas também foram criticados por pressionar o suprimento mundial de alimentos, minando o meio de vida dos agricultores e contribuindo para o aquecimento global. Em vez disso, um punhado de empresas está criando biodiesel a partir de algas. Embora o combustível de algas ainda libere CO2 no ar quando queimado, cultivar as algas também irá retirar CO2 da atmosfera. As fazendas de algas podem usar terras não agriculturáveis, pois as algas crescem tanto em água salgada como em águas servidas, e são biodegradáveis. As algas necessitam de luz solar abundante e enzimas especiais adicionais para ativar sua capacidade de converter os açúcares da planta em etanol orgânico. (Foto: Reuters)
Fonte: Sustentabilidade Allianz. Disponível em: http://sustentabilidade.allianz.com.br/?1936/solucoes-energeticas-alternativas-criativas.
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